sábado, 5 de dezembro de 2009

Assim parece ser.


Como já dizia,Cazuza em "Ideologia", meus heróis morreram de overdose...Foram tantos ícones da música que se foram com a mesma intensidade que surgiram vivendo uma vida em que a regra "Sexo,drogas e rock n roll" foi seguida a risca e, quando esses mesmos mitos nos deixam fica o legado que será cultuado por diversas gerações ávidas por conhecerem aqueles que um dia contribuiram com sua criatividade ao universo cultural da música.Recentemente assisti a dois especiais da série semanal "Por toda minha vida", que merecem todos os elogios pelo belo documentário apresentado.Nos episódios apresentados recentemente artistas como Cazuza e Raul Seixas tiveram suas trajetórias contadas em um programa pra lá de emocionante com registros da passagem desses ícones,relatos de amigos,familiares e claro muitas imagens de arquivos que dão a dimensão do que foram esses mitos da música brasileira.Em um tempo aonde existia muita imposição da indústria musical e mesmo assim esses artistas faziam o que lhe davam na telha e viviam um enredo em pró do rock brasileiro.Quando revemos a trajetória de artistas com uma personalidade tão aflorada chega a soar patético se compararmos com os ícones da nova geração aonde tudo é tão certinho,perfeitinho soando facilmente com um fantoche em mãos de empresários e gravadoras ávidos em potencializar lucros com tais artistas e bandas sem personalidade alguma.Gerando produtos descartáveis a uma geração que cada vez mais consome arquivos digitais deixando de lado aquela idéia de eternizar uma música, um disco que servirá de registro dessa mesma geração e será que um dia existirá algo que remeta a geração "Teenager"?Vou mais além,será que ainda surgirá no Brasil alguém no estilo do Cazuza,Raul,Cássia Eller?Me refiro a veia criativa,questionadora de lidar com a indústria do showbiness de uma maneira peculiar...O que se espera de um grande artista é a ousadia,ou seja,ousar na sua arte transpor idéias,intenções e mesmo que tais atitudes não possam ser compreendidas,o que vale é a intenção impressa em seu diálogo com sua arte.Apesar de achar também que a essência de cada um de nós pode estar imprimida em nossa conduta e nas relações construídas ao longo da nossa história.Manifestar a personalidade,impor sua verdade,seja ela qual for se faz necessária também em diversas situações colocando cada coisa em seu devido lugar.Caso isso não exista certamente seremos apenas mais um dentre uma multidão que nos cerca..Afinal de contas,eu não vim aqui a passeio pelo contrário,eu vim a esse mundo pra deixar a minha marca de acordo com o meio em que estou inserido...A palavra chave é "Ousar" sem medo de errar e nem o erro deixa de ser um desperdício....

Gleidson Allan

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